Sábado.
Dia perfeito pra ficar enfurnada no quarto reclamando da vida. E cá estou.
O apartamento está fora de ordem, e eu estou sem vontades. Elas se esvaem há tempos e eu só queria ser outra pessoa. Tento ligar para um de meus poucos amigos mas o impulso anti-social me detém. Tem que haver outra coisa pra se fazer. Além de se ouvir a voz de outro ser humano.
Me afogo em Deathcab for Cutie. A música abre ainda mais as feridas que a voz dela traçou em mim.O gelo que se espalha pela pele quanto o numero conhecido aparece no telefone me mata tão lenta e prazerosamente, que dificilmente eu me lembraria de uma sensação recente mais agradável que a dos meus pensamentos sendo derretidos pelo susto de seu "olá" ao meu ouvido.
Não quero sair de casa. Não hoje, nem amanhã. Tão pouca coisa lá fora me importa. Tão poucas coisas me importaram desde sempre e até essa noite. A desistência que povoa meus atos pode explicar a distância de hoje. Aquele telefonema. E é só o que eu preciso hoje. Nesse Sábado.
cada momento uma música, cada música um título, cada título um post...
sábado, 24 de janeiro de 2009
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Come Home - Placebo
É bem complicado começar do nada.
Uma carta, um conto, uma nova ação, qualquer coisa na qual resida a ausencia de comparações. " Estou no melhor caminho? Estou dramaticamente errada e perdida e não necessariamente nesta mesma ordem?" Isso passa pela minha cabeça a cada dois segundos e pessoalmente eu não sou das pessoas mais indicadas à tarefa de abrir caminhos. Me parece que se ele duram algum tempo é porque já são naturalmente tortos.
Foi por esse motivo que eu decidi nao apagar tudo do mapa e permanecer com esse espaço em lugar de, talvez, começar um novo.Eu sempre tive o terrivel hábito de deixar tudo para trás de tempos em tempos e finalmente percebi que nem sempre isso é saudável, embora invariavelmente o ato de "apagar" o passado deixe mais marcas do que eu já pude conceber um dia.
Portanto, estou voltando. A necessidade por expressão grita e o silêncio nessas horas serve de nada. Um ano depois de escrever aqui pela última vez estou mais velha, um pouquinho mais madura e certamente mais segura e feliz* (o que é isso?*).
Estou aqui. nao vou a lugar algum.
Uma carta, um conto, uma nova ação, qualquer coisa na qual resida a ausencia de comparações. " Estou no melhor caminho? Estou dramaticamente errada e perdida e não necessariamente nesta mesma ordem?" Isso passa pela minha cabeça a cada dois segundos e pessoalmente eu não sou das pessoas mais indicadas à tarefa de abrir caminhos. Me parece que se ele duram algum tempo é porque já são naturalmente tortos.
Foi por esse motivo que eu decidi nao apagar tudo do mapa e permanecer com esse espaço em lugar de, talvez, começar um novo.Eu sempre tive o terrivel hábito de deixar tudo para trás de tempos em tempos e finalmente percebi que nem sempre isso é saudável, embora invariavelmente o ato de "apagar" o passado deixe mais marcas do que eu já pude conceber um dia.
Portanto, estou voltando. A necessidade por expressão grita e o silêncio nessas horas serve de nada. Um ano depois de escrever aqui pela última vez estou mais velha, um pouquinho mais madura e certamente mais segura e feliz* (o que é isso?*).
Estou aqui. nao vou a lugar algum.
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