cada momento uma música, cada música um título, cada título um post...
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
The Gossip - Four Letter Word
Eu troco as músicas do player, tento ler um novo livro. Finalmente aprendi a terminar pequenas tarefas, insignificantes relatórios, balanços, inventários. São novos, são apenas mais do mesmo, são minha ruína e minha redenção, são o ritmo dos meus passos dentro do supermercado, atravessando ruas, procurando a moto pelos estacionamentos. E eu me recolho. Ao fim do dia, à minha insignificância, ao pôr-do-sol que não há hoje, nem nunca mais acontecerá.
Eu me encontro, na palavra de quatro letras que quase me destruiu.
Eu me encontro em um alguém diferente, inadvertido e cálido.
Eu me encontro na certeza que posso tomar mil chuvas, e que todas elas serão distintas, mesmo que caiam sobre o mesmo caminho de todo-santo-dia.
Eu estou me levantando. Deixando para trás e, ainda assim, para adiante tudo o que foi tirado de mim e tudo do que eu me privei.
Tudo é o de sempre. Tudo é tão diferente!
E nem as dores precisam ser idênticas.
Adeus.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Voxtrot - Missing Pieces
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Red Hot Chili Peppers - My friends
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Sabotage - No Brooklyn
Trabalho e faculdade. Tem vida mais idiota que essa? Não que eu esteja reclamando da minha sorte, estou careca de saber que existem piores. Mas é só isso? Acaba aqui? Acaba daqui a quarenta anos com uma coleção de dias repetidos? Trabalhando atrás de uma mesa cheia de papéis inúteis? A faculdade vai acabar e sinto que nada vai mudar de verdade. Não mudou quando acabei o colégio, quando meus pais se separaram, quando ganhei o campeonato de natação,quando levei meu primeiro fora.Tudo sempre na medida da responsabilidade, da pressão, da obrigação. Imprime aqui, grampeia de lá, aguarde mais um momento, senhor... Não lembro mais quando fui realmente feliz ou desleixada com minha própria vida. A conta de luz, o condomínio, o mercado, me engolem, me tiram os pedaços. O tédio me deixa azeda e ferina.Talvez eu deixe de existir, desapareça antes de ter alguma esperança de mudança.E eu, noite após noite volto pro Brooklyn menor, mais cansada e esqueço tudo por seis, no máximo sete horas. Porque quem dorme oito horas mora bem longe daqui.